
Os Estados Unidos anunciaram uma nova ofensiva contra o financiamento do Hezbollah na América do Sul. A Embaixada americana em Brasília comunicou nesta segunda-feira (19) que o governo oferecerá uma recompensa de até US$ 10 milhões por informações que levem à identificação de estruturas financeiras do grupo extremista na região da Tríplice Fronteira, entre Brasil, Argentina e Paraguai. 434qo
A proposta é coordenada pelo programa Rewards for Justice (RFJ), ligado ao Departamento de Estado, e istrado pelo Serviço de Segurança Diplomática. O foco está na obtenção de dados que ajudem a interromper mecanismos de arrecadação de recursos ilícitos.
Entre os alvos estão fontes de receita do grupo, doadores e facilitadores financeiros, instituições bancárias, casas de câmbio e empresas ligadas à organização ou utilizadas como fachada para aquisição de tecnologia de uso dual (civil e militar).
Por que o Hezbollah é alvo dos EUA na Tríplice Fronteira? 1x5o5x
A região é considerada um centro logístico importante para atividades ilegais que abastecem as operações do Hezbollah. As suspeitas envolvem lavagem de dinheiro, tráfico de entorpecentes, contrabando de carvão e petróleo, comércio de diamantes, cigarros, produtos de luxo e falsificação de documentos e dólares.
Há indícios ainda de que o grupo obtenha lucros com negócios em áreas como construção civil, importação e exportação de mercadorias e vendas imobiliárias em diferentes pontos da América Latina.
O Hezbollah, sediado no Líbano e apoiado pelo Irã, arrecada cerca de US$ 1 bilhão por ano por meio de financiamento estatal, redes de doadores, atividades comerciais e práticas criminosas. Em 1997, o Departamento de Estado dos EUA classificou o grupo como Organização Terrorista Estrangeira. Em 2001, ampliou a designação ao incluí-lo na lista de Terroristas Globais Especialmente Designados.
Criado em 1984, o RFJ já distribuiu mais de US$ 250 milhões em recompensas a mais de 125 informantes em todo o mundo. Informações sobre o grupo podem ser enviadas por Signal, Telegram ou WhatsApp para o número +1-202-702-7843, ou pelo canal anônimo via Tor.
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