Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, e Hossein Salami, líder da Guarda Revolucionária, foram mortos durante bombardeios israelenses realizados na madrugada desta sexta-feira (13), horário local. Os ataques atingiram instalações nucleares e bases militares no território iraniano, além de residências de comandantes de alto escalão. d5o3m
A ofensiva foi conduzida pelas Forças de Defesa de Israel, que declararam ter como objetivo conter o avanço do programa nuclear iraniano. Em resposta, o governo do Irã qualificou a ação como uma “declaração de guerra“. O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, exigiu em carta à ONU que “trate imediatamente dessa questão“.
Quem eram os líderes iranianos mortos? 523d51
Bagheri ocupava o cargo máximo das Forças Armadas do Irã desde 2016 e era uma das vozes estratégicas do regime. Ingressou na Guarda Revolucionária em 1980, após a Revolução Islâmica de 1979, e coordenava operações militares do país, incluindo o programa de mísseis balísticos e o apoio a aliados como a Síria e a Rússia, esta última na guerra contra a Ucrânia.
Internacionalmente, Bagheri foi classificado por países ocidentais como figura-chave de políticas consideradas desestabilizadoras. Em 2019, o Tesouro dos EUA afirmou que ele esteve entre os líderes que “durante décadas oprimiram o povo iraniano, exportaram o terrorismo e avançaram com políticas desestabilizadoras em todo o mundo“.
Já Salami, morto no mesmo ataque, era conhecido por seu papel na liderança militar e ideológica da Guarda Revolucionária. Veterano da guerra Irã-Iraque nos anos 1980, o comandante ocupava cargos estratégicos desde 1997 e participava diretamente das decisões sobre o programa nuclear. Em 2006, foi alvo de sanções do Conselho de Segurança da ONU.
Publicamente, Salami ficou conhecido por declarações agressivas. Em uma delas, afirmou que o Irã pretendia varrer o regime sionista do mapa, em referência direta a Israel.
Os ataques desta sexta-feira ampliam as tensões no Oriente Médio e colocam a comunidade internacional em alerta diante da possibilidade de novos confrontos armados.
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