Crise humanitária

Caminhões com alimentos entram em Gaza após bloqueio de dois meses por Israel 2p4o2y

Israel autorizou, nesta segunda-feira (19), a entrada de caminhões com mantimentos e suprimentos essenciais na Faixa de Gaza.
Faixa de Gaza – Crédito: Reprodução/Jornal Nacional

Sob crescente pressão internacional, Israel autorizou, nesta segunda-feira (19), a entrada de caminhões com mantimentos e suprimentos essenciais na Faixa de Gaza. A travessia ocorreu por Kerem Shalom, ponto de o no sul do território, e marca o primeiro envio de ajuda desde 2 de março, quando as entregas foram interrompidas pelo governo israelense. 3d702r

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De acordo com comunicado das Forças de Defesa de Israel, cinco caminhões cruzaram a fronteira levando alimentos, inclusive para bebês. A liberação ocorre em meio a um cenário de agravamento da crise humanitária, com relatos de fome e mortes entre civis palestinos.

Pressão externa forçou recuo israelense 232v1q

O envio do comboio foi autorizado após líderes internacionais exigirem uma resposta imediata à situação em Gaza. A pressão incluiu o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aliado próximo de Benjamin Netanyahu. O primeiro-ministro cedeu parcialmente, permitindo a entrada de uma quantidade limitada de mantimentos.

A liberação foi confirmada por Tom Fletcher, chefe de ajuda humanitária das Nações Unidas, que informou que Israel liberou nove caminhões. “Mas é uma gota no oceano do que é urgentemente necessário, e muito mais ajuda deve ser permitida em Gaza, a partir de amanhã de manhã. Para reduzir os saques, é preciso haver um fluxo regular de ajuda, e os agentes humanitários devem ter permissão para usar múltiplas rotas. Produtos comerciais devem complementar a resposta humanitária”, declarou.

Israel prepara nova ofensiva terrestre 5o5p29

Paralelamente ao envio de ajuda, o Exército israelense iniciou uma nova operação terrestre em Gaza. Imagens divulgadas nesta segunda mostram soldados circulando entre destroços e tanques disparando contra alvos em áreas palestinas.

A ofensiva, anunciada no domingo, abrange regiões ao norte e ao sul da Faixa de Gaza. Em pronunciamento, Benjamin Netanyahu afirmou que Israel entrará no território palestino “com toda a força” e declarou a intenção de tomar o controle de toda a região.

A ação terrestre é apoiada por ataques aéreos. Segundo os militares, os bombardeios visam enfraquecer as capacidades de reação do grupo Hamas. Mais de 670 alvos considerados terroristas foram atingidos na última semana, e outros 160 foram bombardeados desde o início da nova ofensiva.

O porta-voz do Exército, Avichay Adraee, afirmou que um “ataque sem precedentes” está sendo preparado contra estruturas do Hamas no sul, incluindo a cidade de Khan Younis. A população civil foi alertada sobre evacuações em larga escala.

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De acordo com o Ministério da Saúde palestino, controlado pelo Hamas, mais de 600 pessoas morreram desde 11 de maio, sendo muitas delas mulheres e crianças. Apenas no domingo, 130 mortes foram registradas. A Defesa Civil de Gaza informou que outros 52 palestinos foram mortos em ataques nesta segunda-feira (19).


Leia também: Relembre os brasileiros que morreram no ataque promovido pelo Hamas

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