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PF ouve hoje Bolsonaro sobre atuação de Eduardo nos EUA 74x6n

Jair Bolsonaro deve prestar depoimento à Polícia Federal em um inquérito que apura a conduta de Eduardo Bolsonaro durante o período nos EUA.
O ex-presidente da República Jair Bolsonaro – Crédito: Jornal Nacional/ Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve prestar depoimento nesta quinta-feira (5) à Polícia Federal em um inquérito que apura a conduta do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) durante o período em que ou a atuar politicamente nos Estados Unidos. 66335e

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A investigação teve início a partir de um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que vê sinais de que o ex-presidente pode ter sido favorecido diretamente pelas ações do filho. A PGR afirma que “Jair Bolsonaro chegou a declarar que ajudaria a bancar a permanência de Eduardo nos EUA.”

Deputado agiu para pressionar o STF? 615n60

Segundo as apurações, Eduardo Bolsonaro é suspeito de articular com aliados do ex-presidente norte-americano Donald Trump para que fossem aplicadas sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Para a PGR, essas manobras podem se enquadrar como coação durante processo judicial, obstrução de investigações relacionadas a organização criminosa e até tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Essas articulações teriam ainda o propósito de influenciar processos que envolvem diretamente o ex-presidente. A Procuradoria destaca que “essa conduta pode configurar crimes como coação no curso do processo, obstrução de investigações sobre organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado de Direito.”

A decisão de ouvir Jair Bolsonaro foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal. Também devem prestar depoimento testemunhas como diplomatas brasileiros e parlamentares — entre eles, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que solicitou investigação formal ao Congresso.

Por que Eduardo está nos EUA? 6v3y37

Em março, Eduardo Bolsonaro anunciou que se afastaria temporariamente do cargo na Câmara para residir nos Estados Unidos. A mudança, iniciada ainda em fevereiro, foi acompanhada por críticas públicas ao STF, especialmente ao ministro Alexandre de Moraes. Em diferentes declarações e postagens, o deputado afirmou trabalhar para que o governo norte-americano aplique sanções aos magistrados da Suprema Corte brasileira.

A Procuradoria considera que essas manifestações têm caráter ameaçador e objetivo claro de prejudicar o andamento das apurações que envolvem o ex-presidente e seus aliados. Segundo o órgão, “essas declarações têm tom intimidatório e buscam interferir no andamento das investigações em curso no Brasil.”


Leia também: Bolsonaro não seria o primeiro ex-presidente punido por tentativa de golpe

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