réu no inquérito do golpe

Com aval de Moraes, Mauro Cid viaja para acompanhar filha em torneio de hipismo 5o551s

Mauro Cid declarou em depoimento que Jair Bolsonaro não só recebeu como também editou o conteúdo da chamada minuta do golpe.
O tenente-coronel Mauro Cid – Crédito: Roque de Sá/Agência Senado

A autorização para que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deixe Brasília rumo a São Paulo entre os dias 1º e 7 de abril foi concedida nesta segunda-feira (31) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Réu no inquérito sobre tentativa de golpe de Estado, o militar alegou compromisso familiar. 5i2x9

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Acusado de participar de articulações para impedir a posse do presidente eleito em 2022, Cid integra o que a Procuradoria-Geral da República (PGR) classificou como o “núcleo crucial” da tentativa golpista. Ele responde a processo e está submetido a medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e apresentação semanal à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal.

“Diante do exposto, defiro o pedido formulado e autorizo o deslocamento de Mauro César Barbosa Cid, pelo período estritamente necessário à viagem, entre os dias 1º/4/2025 e 7/4/2025, na cidade de São Paulo/SP”, diz o despacho de Moraes, relator do caso.

Durante o período da viagem, a istração Penitenciária do Distrito Federal deverá enviar ao STF um relatório com o monitoramento da tornozeleira eletrônica usada por Cid. Segundo Moraes, a autorização tem “caráter provisório” e “não dispensa o requerente [Cid] do cumprimento das demais medidas cautelares a ele impostas.”

Qual o papel de Mauro Cid no processo do golpe? 3o1z62

No dia 26 de abril do ano ado, a Primeira Turma do STF decidiu, por unanimidade, transformar Bolsonaro e mais sete pessoas — entre elas Mauro Cid — em réus pelo suposto plano golpista. Todos foram denunciados pela PGR.

Os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin acompanharam o relator Moraes ao aceitar a denúncia, permitindo o avanço do processo penal.

Com a abertura da ação, os réus serão citados e terão cinco dias para apresentar nova defesa. Em seguida, o caso entra na fase de instrução, com oitiva de testemunhas e interrogatórios. Depois, vêm as alegações finais de defesa e acusação. Por fim, os ministros decidirão sobre a culpa dos acusados. Se houver condenação, as penas serão individualizadas. A sentença, no entanto, ainda poderá ser contestada no próprio STF.


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