Três anos depois

Mandante das mortes de Bruno e Dom é denunciado pelo MP 6kd6u

O MPF denunciou Rubén Dario da Silva Villar, conhecido como Colômbia, por ser o mandante das mortes do indigenista Bruno Pereira...
“Colômbia” suspeito de mandar matar Bruno e Dom, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) – Crédito: Rede Amazônica

Três anos após o duplo assassinato na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou Rubén Dario da Silva Villar, conhecido como Colômbia, por ser o mandante das mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. A denúncia foi formalizada nesta quinta-feira (5), data em que o crime completa três anos. 4c2n2a

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O documento foi apresentado pelo procurador da República Guilherme Diego Rodrigues Leal, com apoio do Grupo de Apoio ao Tribunal do Júri (GATJ), na Justiça Federal de Tabatinga (AM), onde o processo tramita. O MPF também pediu o levantamento do sigilo dos autos para permitir a divulgação de novas informações. Ainda não há data definida para o julgamento.

Quem é Colômbia e por que ele foi denunciado? 105443

O histórico de crimes atribuídos a Colômbia inclui pesca ilegal, tráfico de drogas e falsificação de documentos. Segundo a Polícia Federal (PF), ele forneceu munição para o crime, financiou a logística do grupo e ainda coordenou a ocultação dos corpos. A motivação, segundo os investigadores, foi o incômodo causado pelas fiscalizações feitas por Bruno Pereira contra atividades ilegais na região.

Apesar do apelido, o acusado é de nacionalidade peruana. Foi preso pela primeira vez em 8 de junho de 2022, em Tabatinga, por uso de documento falso. À época, negou qualquer envolvimento nas mortes.

Investigações revelaram que ele liderava uma quadrilha de pesca ilegal e traficava drogas na região da tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. A PF constatou que pescadores ligados a ele escondiam cocaína em carregamentos de peixe. A atuação de Colômbia incluía o custeio de despesas desses pescadores ilegais.

Solto após quatro meses por decisão da Justiça Federal, que apontou falta de provas, ele foi novamente preso em dezembro de 2022 por descumprir medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica. Hoje, cumpre prisão em unidade de segurança máxima.

Leia também: Monica Iozzi reage à morte de Bruno Pereira e Dom Phillips: “Triste, indignada”

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